terça-feira, 14 de julho de 2009


Escreve-me um poema, disse-me ela
Num gentil desafio, a provocar-me:
E ao assim proceder, serena e bela,
Transforma-me em escravo do seu charme.
Como mulher sem dó se me anuncia,
Sem ninguém que a domine, force, engane:
Mas pede-me um poema em voz macia
Sobre a Deusa de Seda Cristiane.


É assim, a ambiguidade dela, um mal
De doce solidão e de ansiedade.
Exige-mo de mim quando, afinal,
Poema, é-o ela – e não o sabe.








Presente do Poeta Errante

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